A Missão

Eu li - O Desafio (A Missão #2)

quarta-feira, setembro 09, 2020

Título: O Desafio (A Missão 2)
Autor: Stéfani P. Paludo
Número de páginas: 320
Ano: 2019
Editora: Independente

A luta por um país melhor continua. Liss e seus companheiros conseguiram tomar o governo de Tazur dos ditadores, mas o Marechal Gomes não parece querer facilitar para os demais membros da Junta Provisória diante das tomadas de decisões, porque segundo ele o país precisa continuar no modelo antidemocrático.

Além disso, a lavagem cerebral em Júlio e Thomas acabou funcionando, e eles não lembram de fazer parte da junta que tirou Margareth e demais governantes do poder. E para piorar, Júlio acredita que os membros da junta é que são os vilões da história, que ele e Margareth são um casal apaixonado, e não mede esforços para tirar a ex-governante da prisão e fugir sabe Deus para onde.

Assim, Liss e Andrew começam uma longa jornada de problemas para resolver, pois além de ter que ir em busca dos fugitivos e lidar com as loucuras do Marechal, precisarão conter um novo grupo terrorista que está praticando atentados um atrás do outro e matando pessoas, e descobrir as causas de uma nova doença que está afetando a população.

Será que eles vão conseguir conter o caos que se instaurou?


O enredo de O Desafio foi bem construído, a continuação possui uma ligação bastante condizente com o primeiro livro (A Missão) e possui um desfecho bem inesperado. A todo momento fiquei aguardando algo chocante, e de fato isso acontece nos últimos capítulos, quando enfim descobrimos um dos responsáveis pelo grupo terrorista. Foi uma das maiores reviravoltas!

Acredito que a autora conseguiu produzir uma excelente metáfora de como funciona de fato um governo corrupto e inescrupuloso. Os políticos que representam nosso país na maioria das vezes só pensam no bem e nas regalias de uma minoria que já tem seus privilégios intocados.

O Desafio retrata a atual situação do Brasil e de muitos outros países. Júlio, Margareth e o Marechal Gomes caracterizam aqueles líderes loucos, vaidosos e ditadores, que agem apenas em benefício próprio, enquanto Liss e Andrew simbolizam aqueles que desejam mudar e fazer parte da mudança no mundo, mas sentem receio de assumir de fato um governo. Nos mostra que aqueles que deveriam e possuem caráter suficiente para governar não desejam tal poder.

A história é narrada em 1ª pessoa, sob o ponto de vista do Júlio e da Liss, portanto é possível ter uma boa visão dos acontecimentos. Possui uma linguagem prática, sem rodeios, e bem criativa.

Mal posso esperar pela continuação e o desfecho disso tudo!


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