12 meses de poe
Eu li - A Aventura sem Paralelo de um Tal Hans Pfaall (conto)
segunda-feira, maio 22, 2017
Original: The Unparalleled Adventure of One Hans Pfaall
Autor: Edgar Allan Poe
Número de páginas: 21
Ano: 1835
Tradução: Fonte não localizada
Conto disponibilizado pelo desafio literário #12mesesdepoe (criado pelo blog Anna Costa) para o mês de abril.
A história começa com um evento estranho na cidade de Roterdão, pois um balão feito apenas de jornais velhos aparece descendo o céu carregando um tripulante minúsculo de vestes extravagantes.
O homenzinho chega ao local portando uma carta destinada ao presidente e vice presidente do Colégio Nacional Astronômico da Cidade de Roterdão, com remetente de Hans Pfaall, um antigo morador daquela cidade e que havia desaparecido há alguns anos. A carta relatava tudo o que havia com Pfaall durante todo esse tempo de sumiço.
Pouco antes de deixar a cidade, ele conta que estava quase em estado de falência na sua fábrica de foles, alguns credores aos quais devia dinheiro ficavam insistindo em lhe cobrar dívidas. Cansado com essa situação, Pfaal vai à biblioteca e se lança no primeiro livro que encontra, um livro de astronomia. O interesse pelo assunto foi tão grande que ele resolveu de aprofundar nas pesquisar e construir um balão que seria capaz de o levar até a Lua.
A narração de Pfaal vai descrevendo tão minuciosamente como foi a produção do balão, a forma como ele media a velocidade e temperatura do ar, o jeito que fez para respirar fora da atmosfera da Terra, e entre outros termos técnicos da física e da engenharia, que fica difícil duvidar das palavras dele.
Confesso que pela primeira vez na vida tive que começar a ler uma história quatro vezes, pois não saia da página 2 (que feia, né?). Simplesmente não conseguia me conectar com a leitura, e como estava lendo outros livros ao mesmo tempo acabava me perdendo e recomeçando várias vezes...Mas quando finalmente engrenei, descobri ser um texto diferente da maioria dos contos de Edgar Allan Poe e, particularmente, gostei de variar um pouco.
Impossível não associar a obra com a escrita de Júlio Verne, uma vez que Poe era uma inspiração para ele. O estilo desse texto de Edgar Allan Poe, e de várias obras de Verne, é chamado de steampunk. As histórias estão sempre num passado onde não haviam recursos, mas os personagens usavam o que tinham à disposição para conseguir concretizar suas ideias para o avanço tecnológico, ou seja, eles estavam sempre à frente de seu tempo no ramo da ciência. E segundo minhas pesquisar, esse estilo já existia antes mesmo do termo ser inventado. São narrativas que acabaram por inspirar grandes invenções.
A história começa com um evento estranho na cidade de Roterdão, pois um balão feito apenas de jornais velhos aparece descendo o céu carregando um tripulante minúsculo de vestes extravagantes.
O homenzinho chega ao local portando uma carta destinada ao presidente e vice presidente do Colégio Nacional Astronômico da Cidade de Roterdão, com remetente de Hans Pfaall, um antigo morador daquela cidade e que havia desaparecido há alguns anos. A carta relatava tudo o que havia com Pfaall durante todo esse tempo de sumiço.
Pouco antes de deixar a cidade, ele conta que estava quase em estado de falência na sua fábrica de foles, alguns credores aos quais devia dinheiro ficavam insistindo em lhe cobrar dívidas. Cansado com essa situação, Pfaal vai à biblioteca e se lança no primeiro livro que encontra, um livro de astronomia. O interesse pelo assunto foi tão grande que ele resolveu de aprofundar nas pesquisar e construir um balão que seria capaz de o levar até a Lua.
A narração de Pfaal vai descrevendo tão minuciosamente como foi a produção do balão, a forma como ele media a velocidade e temperatura do ar, o jeito que fez para respirar fora da atmosfera da Terra, e entre outros termos técnicos da física e da engenharia, que fica difícil duvidar das palavras dele.
Confesso que pela primeira vez na vida tive que começar a ler uma história quatro vezes, pois não saia da página 2 (
Impossível não associar a obra com a escrita de Júlio Verne, uma vez que Poe era uma inspiração para ele. O estilo desse texto de Edgar Allan Poe, e de várias obras de Verne, é chamado de steampunk. As histórias estão sempre num passado onde não haviam recursos, mas os personagens usavam o que tinham à disposição para conseguir concretizar suas ideias para o avanço tecnológico, ou seja, eles estavam sempre à frente de seu tempo no ramo da ciência. E segundo minhas pesquisar, esse estilo já existia antes mesmo do termo ser inventado. São narrativas que acabaram por inspirar grandes invenções.
(Créditos na imagem) |
Pfaal, por exemplo, descreve de forma tão persuasiva, com termos difíceis do ramo da ciência, que acaba convencendo o leitor de que aquilo realmente poderia acontecer, então a viagem à Lua ocorreu apenas pouco mais de um século mais tarde. E o Capitão Nemo, de Verne (20 Mil Léguas Submarinas), também estava à frente de seu tempo com o submarino Nautilus, uma vez que os submarinos foram de fato criados com tamanha tecnologia anos mais tarde.
Enfim, quanto mais se descobre à respeito dessas grandes obras, mais encantado se fica com o gênero. Lê-las é se aprofundar nas tendências da época e que, de alguma forma, acabam inspirando outros escritores há gerações.
Recomendo muito! São clássicos fascinantes :)
Enfim, quanto mais se descobre à respeito dessas grandes obras, mais encantado se fica com o gênero. Lê-las é se aprofundar nas tendências da época e que, de alguma forma, acabam inspirando outros escritores há gerações.
Recomendo muito! São clássicos fascinantes :)
22 comentários
Oi!
ResponderExcluirNunca li nada do Poe mas em compensação sou apaixonada por Julio Verne e suas obras (aliás, achei a tirinha sensacional haha) e por isso fiquei curiosa com o conto mesmo não sendo o tipo de leitura que normalmente me atrai.
Beijos!
Oi! Acho muito de Poe nos livros de Verne, Agatha Christie, King e outros. Ele inspira nossa geração até hoje *-*
ExcluirBeijo!
Guria, eu gosto bastante de Poe, mas não conhecia esse conto! Tem narrativa que demora a nos pegar mesmo, mas fiquei curiosa a respeito - e AMEI esse quadrinho, é muito real isso
ResponderExcluir;*
Oi, Mia! Acabei conhecendo com o desafio, e tenho encontrado histórias maravilhosas :)
ExcluirBeijo!
Oi, Ana
ResponderExcluirNão conhecia essa obra de Poe. Sua resenha ficou ótima, mas não sei se me interessaria em ler a princípio. Mas tenho vontade de ler outros textos do Poe, e depois acho que daria uma chance para esse.
Blog Livros, vamos devorá-los
Oi! Que bom que gostou :)
ExcluirEspero que possa ler os demais, pois são fascinantes :*
Oi!
ResponderExcluirAna, nunca li nada de nenhum dos dois autores, todavia conheço Poe, pois a maioria de seus contos são resenhados nesse mundo literário. Enfim, não sei se me atreveria a ler especificadamente esse conto, até mesmo pq pelo que percebi em sua resenha ele é de difícil concentração. Enfim, muito obrigada por relatar sua experiência. Beijos!
Oi! Confesso que no começo é maçante, depois fica legal, maçante de novo, mas o final é bem criativo haha
ExcluirBeijo!
Olá!
ResponderExcluirNunca li nada do autor Edgar Allan Poe, achei interessante e um tanto intrigante esse conto. Acho que pra me acostumar com a escrita dele, devo começar por contos. Gostei de conhecer esse, valeu.
Abs
nizete
Cia doleitor
Oi, Nizete.
ExcluirVocê vai adorar!
:*
Olá, tudo bem? Super dica anotada porque adoro steampunk. É um gênero que descobri por agora, mas estou cada vez mais interessada. Ainda não li nada do Poe, por falta de tempo mesmo, mas fiquei bem instigada aqui porque é um conto, coisa pequena, e dá pra fazer rapidinho. Adorei a resenha!
ResponderExcluirBeijos,
http://diariasleituras.blogspot.com.br/
Oi! Fico feliz que tenha gostado :)
ExcluirMuito sucesso nas leituras!
Beijo!
Olá Ana, eu não conhecia esse conto do Poe, mas depois da sua resenha fiquei mega curiosa para lê-lo <3 Ótima dica.
ResponderExcluirOi, Jéssica! Espero que goste :)
ExcluirOie
ResponderExcluirNão conhecia o Poe, mas o Verne já é mais do meu cotidiano.
Achei bem intrigante e, com certeza, colocarei esse conto e outros do Poe para que possa apreciar mais.
Adorei a dica.
Bjo
Oi! Você vai gostar, bastante desse conto :)
ExcluirMe lembra muito do Verne e se já está acostumada com a escrita dele vai se identificar.
Beijo!
Oie
ResponderExcluirEu ainda não li nada do Poe mas morro de vontade por curtir bastante o gênero e por ouvir tanta divulgação sobre ele, então adorei seu post, me deu mais vontade de conhecer a narrativa dele
beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/
Oi! Espero que goste :)
ExcluirBeijo!
Olá,
ResponderExcluirAinda não fiz a leitura de nenhuma das obras de Poe e confesso que essa foi a que mais me chamou a atenção por causa da abordagem mais voltada ao desenvolvimento da ciência. Não sou muito fã de terror ou leituras mais sombrias rsrs
Fiquei extremamente curiosa para conferir todo esse detalhamento sobre a construção do balão e a parte da engenharia. Desconhecia o significado de steampunk.
LEITURA DESCONTROLADA
Oi! Se você não curte muito terror então esse conto é uma ótima opção rsrs
ExcluirEspero que goste!
Estou apaixonada no seu post! Nunca li Poe, mas tenho muita vontade. E depois da sua postagem, a vontade aumentou. Sou fã de leituras que envolvam ciência. Seguirei sua dica.
ResponderExcluirBeijos
Oi, Ingrid! Vai gostar então da obra ;)
ExcluirTe garanto!
Beijos!
Adoraríamos saber o que você achou do post!